sábado, 12 de março de 2011

TRAGÉDIAS PARA O MEIO AMBIENTE





O naufrágio do petroleiro Prestige na costa espanhola em novembro de 2002 foi uma das piores tragédias ecológicas. Embora quantidade de óleo derramada pelo navio grego tenha sido menor do que o derramado no acidente com o Exxon Valdez, foi o suficiente para matar mais de 20 mil animais e sujar 700 praias. Mas esse desastre é pequeno perto do que envolveu o Exxon Valdez, que naufragou e derramou 40 milhões de litros de óleo no mar, matando diretamente cerca de 100 mil aves e contaminando 2 mil quilômetros de costa marítima. Embora uma limpeza tenha sido realizada, cerca de 2% do óleo derramado ainda está poluindo a região. Outro incidente envolvendo petróleo ocorreu durante a Guerra do Golfo na década de 90, quando o Iraque queimou petróleo e jogou no mar – a nuvem de poeira matou cerca de 1 mil pessoas devido a problemas respiratórios e cerca de 25 mil aves. O petróleo se infiltrou em cerca de 600 quilômetros de costa, e devido a isso sementes não nascem mais naquele solo. A água quase não consegue penetrar o chão e as conseqüências são sentidas até hoje

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Poluição nos Mares



Cerca de 77% dos poluentes despejados vêm de fontes terrestres e tendem a se concentrar nas regiões costeiras, justamente o habitat marinho mais vulnerável, e também o mais habitado por seres humanos.

Segundo a Agenda 21, o meio ambiente marinho caracterizado pelos oceanos, mares e os complexos das zonas costeiras formam um todo integrado que é componente essencial do sistema que possibilita a existência da vida sobre a Terra, além de ser uma riqueza que oferece possibilidade para um desenvolvimento sustentável.


Mas apesar da imensidão, as águas marinhas existentes no globo vêm sofrendo muito com a poluição produzida pelo homem, que já atinge inclusive o Ártico e a Antártida, onde já se apresentam sinais de degradação. Devido ao grande volume de suas águas, os mares e oceanos há muito tempo vêm sendo usados como depósitos de detritos. É difícil saber a quantidade exata de poluentes lançados ao mar, pois todos os dias, os mares recebem toneladas de resíduos – alguns tóxicos, outros nem tanto.


Cerca de 77% dos poluentes despejados vêm de fontes terrestres e tendem a se concentrar nas regiões costeiras, justamente o habitat marinho mais vulnerável, e também o mais habitado por seres humanos. A população que mora no litoral ou nele passeia nos finais de semana e feriados é uma das grandes responsáveis pelo lixo que acaba se depositando no fundo do mar. Produzimos cada vez mais lixo e nos descartamos dele com uma velocidade cada vez maior.


Um estudo feito pela Academia Nacional de Ciências dos EUA estima que 14 bilhões de quilos de lixo são jogados (sem querer ou intencionalmente) nos oceanos todos os anos. Não é à toa que as descargas de detritos urbanos produzam efeitos tão nocivos.


Plástico - produzimos vários tipos de lixo, mas a grande praga dos mares é o plástico. O material tem uma vida útil curtíssima, mas demora centenas de anos para se desfazer, seja no mar, seja na terra. E, dentro do estômago de um bicho marinho, pode fazer um grande estrago, levando-o até à morte. Para uma tartaruga, por exemplo, um saco plástico boiando na água pode parecer uma água-viva – ou seja, comida.


Ocupação desordenada - mas o lixo não é o único problema enfrentado pelos oceanos. A ocupação desordenada do litoral está criando outro tipo de poluição: a ambiental, caracterizada pela destruição das restingas e manguezais na costa e pela poluição crescente das praias. No próximo século, estima-se que 60% da população mundial estará vivendo em áreas costeiras, o que significa um número ainda maior de hotéis, casas e lixo nas praias e no mar.


As regiões estuarinas, os manguezais, os corais e as baías são os locais de procriação da grande maioria da fauna marinha. São nestes locais que principalmente camarões e centenas de espécies de peixes de potencial alimentar humano se reproduzem e criam. Justamente aí, nestes riquíssimos ambientes marinhos é que estão os maiores efeitos da poluição, pois é onde são despejados diretamente os resíduos tóxicos das cidades ribeirinhas, das inúmeras industrias e da agricultura, inclusive muitas vezes trazidos de grandes distâncias por rios que deságuam nestes locais.


Esgoto – o esgoto (industrial e doméstico) constitui uma das grandes ameaças para a vida marinha e para quem vive no litoral porque age como um fertilizante. O esgoto leva para o mar grande quantidade de matéria orgânica, o que acaba contribuindo para uma explosão do fitoplâncton – uma explosão que, não por acaso, é conhecida por "bloom". A vida microscópica cresce de forma desordenada, prejudicando os outros microorganismos marinhos, que ficam sem espaço, sem oxigênio e sem nutrientes. Um dos exemplos mais conhecidos do bloom é a chamada maré vermelha, que resulta da proliferação dos dinoflagelados – um tipo de fitoplâncton que contém pigmento vermelho. Os dinoflagelados produzem substâncias tóxicas que podem causar a morte.


O esgoto também carrega para o oceano diversos organismos nocivos como bactérias, vírus e larvas de parasitas. Metade do peso seco do lixo humano é composto por bactérias. Delas, um grupo em particular costuma ser apontado como o grande vilão: os coliformes fecais. Tanto que são empregados como indicadores do nível de poluição das praias. Pelo menos 30% das praias brasileiras tem mais coliformes fecais do que deveriam – um sinal de que tem esgoto demais por ali.


Petróleo - a poluição dos mares e das zonas costeiras originada por acidentes com o transporte marítimo de mercadorias, em particular o petróleo bruto, contribui, anualmente, em 10% para a poluição global dos oceanos. Todos os anos, 600.000 toneladas de petróleo bruto são derramadas em acidentes ou descargas ilegais, com graves consequências econômicas e ambientais.


Dos acidentes com petroleiros, que infelizmente não são raros, os mesmos derramam, quase sempre, enormes quantidades de petróleo que, flutuando e alastrando-se progressivamente, formam extensas manchas negras. São as chamadas marés negras, de efeitos altamente destruidores, provocando uma enorme mortandade na fauna (aves marinhas, peixes, moluscos, crustáceos, etc.). A difusão do oxigênio do ar para o mar é também afetada (e vice-versa). Além disso, o petróleo adere as brânquias de peixes e outros animais marinhos, impedindo trocas respiratórias adequadas e matando-os por asfixia.


Quando as marés negras atingem as zonas costeiras, os seus efeitos tornam-se ainda mais catastróficos. Além de destruírem a fauna e a flora com elas em contato, provocam enormes prejuízos à atividade pesqueira e tem um forte impacto negativo na atividade turística, já que os resíduos petrolíferos, de remoção difícil, impedem durante muito tempo a utilização das praias.


Para o grande número de acidentes com petroleiros contribuem decisivamente o envelhecimento da frota mundial (cerca de 3000 navios têm mais de 20 anos) e a deficiente formação profissional das tripulações. Apesar da existência de múltiplas instâncias jurídicas destinadas à proteção do meio marinho, a verdade é que a lógica do lucro imediato tem conduzido a um comportamento irresponsável por parte de numerosas empresas e armadores do setor.


Também nas operações de lavagem dos tanques dos petroleiros em pleno oceano são derramadas enormes quantidades de petróleo, que, não raramente, originam autênticas marés negras. Embora atualmente tal operação em pleno mar seja proibida, é natural que se continuem a cometer abusos, dada a dificuldade de fiscalização.


Metais pesados - devemos ainda citar o caso de despejo de metais pesados no mar, altamente tóxicos para os seres vivos, que têm a tendência de se acumular nas cadeias alimentares, aumentando a concentração a cada estágio.


Os poluentes dos mares decorrem da convergência dos principais vetores econômicos na zona costeira brasileira, demandando forte infra-estrutura de apoio logístico para a produção e a circulação de mercadorias. Isso, aliado à ausência de uma política urbana integrada às demais políticas públicas, se reflete em grandes concentrações urbanas pontuais ao longo de um litoral onde menos de 20% do municípios costeiros são beneficiados por serviços de saneamento básico e drenagem urbana (Agenda 21).


Vale ressaltar que cinco das nove regiões metropolitanas brasileiras se encontram à beira-mar e que metade da população brasileira reside a menos de 200 km do mar. Esse contingente gera cerca de 56 mil toneladas por dia de lixo, e o destino, de 90% desse total são lixões a céu aberto, que contribuem para a poluição de rios, lagoas e do próprio mar (Agenda 21).


Apenas recentemente alguns programas governamentais tem-se voltado para a melhoria das condições sanitárias da costa-brasileira, principalmente em regiões que contam com potencial de desenvolvimento do turismo. No entanto, dada a magnitude dos problemas, será necessário o esforço continuado ao longo das próximas décadas para reverter os impactos observados (Agenda 21).


sexta-feira, 22 de outubro de 2010

As doenças causadas pelas praias poluídas




Chegado o verão é hora de pensarmos nas férias. A maioria das famílias brasileiras aproveita as férias escolares para descanso e lazer nas praias. Mas há de se tomar alguns cuidados com a poluição das nossas praias, para que este lazer não vire dor de cabeça, principalmente para as crianças, que normalmente não tomam muitos cuidados.
Visando uma orientação aos veranistas, na maioria dos Estados brasileiros, as secretarias medem e monitoram durante o verão os índices de balneabilidade dos seus principais balneários. O índice de balneabilidade mede apenas os coliformes fecais presentes em matérias orgânicas provenientes de fezes humanas ou animais e restos vegetais decompostos. Porém, a utilização de corpos d´água poluídos como balneário pode levar a contaminação por outros microorganismos, além das bactérias como protozoários e vírus. Dessa forma, a utilização das bactérias fecais (coliformes fecais) como indicador de poluição marinha remete a possibilidade de presença de outros micro-organismos nocivos à saúde, que podem causar doenças para os que têm contato com água durante a recreação.
Segue abaixo um resumo das principais doenças possíveis em balneários poluídos.
• Gastrenterite - é a doença que ocorre com mais freqüência como resultado da ingestão de águas poluídas por esgoto, sendo os sintomas os enjôos e vômitos, dores de barriga e dores de cabeça. Normalmente não chegam a representar muita gravidade;
• Irritações e infecções - podem ocorrer nos olhos, ouvidos, narizes e garganta como resultados da recreação em águas poluídas. Assim como as gastrenterites as infecções de outras partes do corpo em contato com a água podem ser de leve, moderada ou forte intensidade; levando a prejuízos temporários ou perenes destes órgãos.
• Cólera, disenteria, esquistossomose, hepatite A e febre tifóide - podem ser adquiridas através do contato ou ingestão de águas poluídas.
• Contato com algas tóxicas - pode causar diversos tipos de doenças variando de doenças menos graves como irritações e alergias até problemas de saúde mais graves, afetando o sistema digestivo, causando seqüelas neurológicas e doenças respiratórias.
• Resíduos industriais tóxicos - podem causar intoxicações com pequenas dores de cabeça até a morte.


domingo, 19 de setembro de 2010

ÁGUA: SUJEIRA À VISTA



Quando puxamos a descarga no banheiro da nossa casa, não pensamos para onde está indo essa água suja. Achamos que ela vai embora pelos canos e entra para debaixo da terra, embaixo dos bueiros. É verdade, mas, na maior parte das vezes, o esgoto não pára aí: ele continua sua viagem e vai ser despejado em algum rio ou no mar.

Os rios ficam escuros, cheios de entulho e parece até que algum monstro de sujeira vai sair de lá . O mar poluído fica impróprio para banhos ou mergulhos. Tomar banho em praia suja pode deixar as pessoas doentes. Água poluída pode causar doenças como micoses, diarréia e esquistossomose.

No Brasil, cerca de 80% do esgoto é lançado em rios e no mar. É um dos maiores problemas do país: a falta de saneamento básico e de redes de tratamento de esgoto. Toda casa deveria ter uma rede de canos para levar a água suja para grandes centrais de tratamento.

Nessas centrais, o esgoto é tratado com produtos químicos que separam a água da sujeira. A água poderia ser então reaproveitada para indústrias, e não iria poluir o meio ambiente.



domingo, 15 de agosto de 2010

Praias poluídas de São Luís recebem placas de sinalização

Foto: Handson Chagas/Governo do Maranhão

As praias de São Luís começaram a receber placas de sinalização para as áreas impróprias para banho. A orientação aos banhistas foi recomendada pelo Ministério Público Federal.
Nesta quarta-feira (10), equipes da Secretaria Estadual de Saúde, da Defesa Civil e da Companhia de Águas e Esgotos do Maranhão fizeram um levantamento das áreas que serão sinalizadas na orla marítima da capital.


Na praia do Olho D’Água, um trecho de 400 metros deve receber placas orientando os banhistas sobre a poluição que vem da estação de esgoto do Rio Pimenta. No início do ano, a estrutura não suportou a enxurrada e os dejetos estão sendo lançados diretamente na praia.

As placas serão móveis, posicionadas conforme o movimento da maré e, um agente da Defesa Civil deverá percorrer, diariamente, a praia orientando os frequentadores.

Uma vistoria também foi feita na avenida Litorânea, mas não foi constatada a necessidade de interdição em nenhum trecho das praias do Calhau e de São Marcos. O problema, segundo a Caema, é que, constantemente, a rede de tratamento de esgotos fica entupida.

O secretário estadual de Saúde, Ricardo Murad, afirmou que não haverá interdição total das praias, apenas os trechos sinalizados pelas placas serão tidos como impróprios para o banho.

Praias poluídas são problema constante no verão


Os índices de balneabilidade do litoral do Estado preocupam. A poucos dias do início da temporada, que despeja uma quantidade de turistas equivalente a duas ou três vezes à da população fixa dos municípios, 43 pontos estão impróprios na costa catarinense, conforme o último relatório da Fundação do Meio Ambiente (Fatma). O órgão também adiantou ao Diário Catarinense alguns dos locais que apresentaram condição imprópria para banho em todas as análises nos últimos cinco anos, configurando um problema ininterrupto que é ameaça constante à saúde. No último relatório da Fatma, emitido no dia 19, foram considerados impróprios 43 dos 182 pontos testados no Estado. Este é um problema constante do Litoral catarinense. O relatório divulgado em 16 de fevereiro de 2007, período de alta temporada, por exemplo, mostra 46 pontos impróprios, três a mais que o último levantamento. No entanto, a ocupação do litoral no Verão é um fator que influencia nos relatórios. - As cidades são projetadas para um número de habitantes, só que durante o Verão ele é multiplicado. Uma cidade de 300 mil habitantes pula para um milhão, mas a capacidade é bem menor do que essa. Mesmo que exista um sistema de tratamento, ele foi projetado para uma determinada quantidade de esgoto - alerta Marlon Daniel da Silva, responsável técnico pelo laboratório da Fatma. - Se a demanda cresce muito, o sistema pode entrar em colapso e não tratar nada. Para ele, falta um sistema de esgoto adequado para o número de visitantes que algumas praias do Estado recebem. Além disso, existem muitas ligações clandestinas de esgoto. Praias de mar aberto são menos afetadas O crescimento das cidades não é acompanhado pelo incremento no sistema de esgoto. A Vigilância Ambiental da Capital confirma o quanto a falta de infra-estrutura contribui para a contaminação das águas. - O problema é a rede de coleta e tratamento de esgotos insuficiente nos balneários da Ilha.

Vamos salvar nossos mares!


Preocupados com a grande quantidade de lixo despejado nos rios, mares e praias, o Projeto Tamar-IBAMA e o Aquário de Ubatuba decidiram lançar uma campanha educativa visando diminuir a amplitude deste grave problema ambiental.
Anualmente, bilhões de toneladas de lixo são produzidas em todo o mundo, e boa parte deste vai direta ou indiretamente parar nos mares.
Uma vez no ambiente marinho, o lixo pode causar doenças e até a morte dos animais marinhos, bem como penetrar na cadeia alimentar, vindo a envenenar o próprio ser humano.
Segundo o Projeto Tamar-IBAMA, é comum a ocorrência de tartarugas mortas por asfixia ao ingerirem sacos plásticos, que são confundidos com itens de sua cadeia alimentar, como águas-vivas ou algas.
Outra conseqüência funesta produzida pelo acúmulo de lixo nos mares e praias é o prejuízo causado pela fuga dos turistas das praias poluídas.

Lixo em Itaguá

Foto tirada na Praia do Itaguá há poucos anos, durante a alta temporada. Um exemplo claro do grave estado de degradação que a desinformação e pouco caso com o meio ambiente podem gerar.

CartazEste cartaz foi veiculado recentemente e amplamente distribuído numa parceria do Projeto Tamar-IBAMA e o Aquário de Ubatuba.


Ubatuba tem 80% do município com Mata Atlântica virgem, preservada e protegida, belíssimas cachoeiras, rios e praias maravilhosas. Vamos cuidar do que é nosso! Proteja a natureza, leve esta idéia a todos!

PRESERVE NOSSO MEIO AMBIENTE

É importante saber:

  1. Ubatuba é patrimônio nacional no que se refere a área de proteção ambiental.

  2. A cidade mantém um aterro sanitário considerado exemplar pelas autoridades estaduais.

  3. Não suje, não abandone latas, papéis, alimentos ou lixo em geral na Praia.

  4. Mananciais - Água é vida. Ajude a preservar.

MANTENHA A PRAIA LIMPA. LUGAR DE LIXO É NO LIXO.